Aos 86 anos de idade, Antônia Mendonça mantém rotina de produção e faz questão de expor peças.
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Antônia Mendonça é a artesã mais velha em atividade no Salão do Artesanato da Paraíba |
Risca, desfia, encaixa, torce, perfila, lava, passa goma e estica. Já são 86 anos de vida, sendo 74 de trabalho, mas as mãos seguem rápidas e precisas na hora de fazer o labirinto. Foi com esta técnica que Antônia Ribeiro de Mendonça se apaixonou pelo artesanato e hoje é a artesã mais velha a atuar no Salão do Artesanato da Paraíba. O evento acontece em Campina Grande, neste mês de junho e vai até 2 de junho.
Respeitada entre as outras artesãs, Antônia em seu cantinho faz com calma os processos de produção do labirinto. A técnica exige dedicação e paciência, ela aprendeu quando tinha 12 anos. Dona Antônio Mendonça mora no sítio Chã dos Pereiros, na zona rural de Ingá, no Agreste paraibano.
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Técnica de labirinto exige precisão e paciência nos movimentos, explica artesã |
Antônia conta que, por entender que a profissão de artesã às vezes não é valorizada, acabou indo trabalhar como professora. Ela exerceu a profissão por 35 anos, quando se aposentou, mas nunca deixava de fazer labirinto. Depois da aposentadoria, sua dedicação ao artesanato é integral.
“Quando eu era professora, ainda fazia algumas peças para amigos, parentes, algum vizinho. Mas depois da aposentadoria foi que eu comecei mesmo. É uma paixão. E o que eu gosto é que, com o artesanato, eu não fico em casa. Sempre vou para as feiras, mostrar meu trabalho e também conheço outras pessoas e converso”, explica ela.
“Aí eu vou fazendo, demora uns 2 ou 3 meses. Dá um pouquinho de trabalha, mas no fim vale a pena. As vezes as pessoas não entendem, pedem pra baixar o preço, mas a gente vai se ajeitando”, conta a artesã.
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6º Salão do Artesanato da Paraíba |
Antônia Ribeiro de Mendonça é uma das 333 artesãs e artesãos que estão participando do 26º Salão do Artesanato da Paraíba. O evento começou no dia 18 de junho e vai até 2 de julho deste ano. A estrutura do evento está montada no antigo prédio da Cavesa, na Rua Miguel Couto, no Centro de Campina Grande, a margem do Açude Velho. No local, os visitantes passam por um circuito com quase 1 quilômetro de opções de stands.
Além do labirinto, o Salão oferece obras feitas através de outras tipologias como o barro, madeira, algodão colorido, renda renascença, biscuit, fuxico, bordado, além também de bebidas e comidas típicas. A estimativa da organização do evento é de que o Salão chegue a movimentar entre R$ 850 mil e R$ 1 milhão.
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fonte: G1
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