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Máquina de costurar outra vez na moda |
Usar a máquina de costura voltou a estar na moda e com isso dispararam os cursos de costura, embora estes não sejam uma novidade. Existem há anos, desde o século passado, mas agora chamam-se workshops.
Entramos na loja "Planeta dos Tecidos" em um sábado à tarde e a confusão é grande. À medida que vão cortando tecido e atendendo os clientes, as irmãs Inês e Elisabete Silva arranjam um tempinho para conversar conosco. Acenam quando lhes perguntamos se o interesse pela costura por parte dos jovens é uma realidade e explicam que tem vindo a crescer principalmente porque “eles estão fartos de andar todos vestidos igual e encontram na costura uma forma de personalizar o seu guarda roupa”.
Os rapazes nem tanto, mas são cada vez mais as jovens que procuram workshops de costura para aprenderem o básico. Algumas aventuram-se a usa a máquina de costura para todo o tipo de peças de roupa, mas a maior parte limita-se em personalizar roupas que já tem em casa.
As funcionárias da loja ficaram boquiabertas quando atenderam uma menina de nove anos que queria comprar tecidos para criar os suas próprios roupas e biquínis na máquina de costura. “Foi uma pequena que acompanhou a mãe num curso de costura e acabou por aprender também. Chegou aqui e decidiu sozinha que tecidos queria, explicando-nos que gostava de fazer a sua roupa para ser diferente”, conta Elisabete Silva, que realça o papel importante das escolas no incentivo à iniciação na costura em todas as idades.
“Há muitas mães jovens que aprendem a costurar para criarem o enxoval do seu bebé e hoje em dia é possível fazer tudo. Desde as almofadas de amamentação às roupinhas, até porque há tecidos próprios para as peles dos bebés”, realça Inês Silva, chamada a atender uns clientes que acabam de entrar na loja. Mesmo a propósito, são duas jovens.
Joana Fragoso vem acompanhada de uma amiga e tem 21 anos. “Procuro tecidos para aplicar em almofadas e fazer uns peluches para um projecto que tenho que apresentar na escola”, disse a jovem que é estudante de Design Gráfico na ESAD e começou por aprender croché com a avó, tinha uns 11 anos. Pouco tempo depois estreou-se no primeiro workshop de costura e atualmente já cria artigos para venda.
Oportunidade de negócio
A costura como oportunidade de negócio também é uma realidade. Muitas vezes começa apenas como um hobby – há quem chame terapia – mas acaba mesmo por tornar-se num pequeno negócio que é conciliado com outras atividades profissionais. Foi o que aconteceu com Joana Casimiro e Margarida Sousa, duas amigas de 23 anos que no início de Abril lançaram a Maju, um projeto online de venda de roupas de praia.
Antes de iniciarem esta aventura, pouco ou nada sabiam sobre uma máquina de costura. “Sabíamos fazer pequenas coisas, principalmente porque no Carnaval tínhamos iniciativa de personalizar os nossos próprios abadás”, conta Joana Casimiro, que chegou a frequentar um workshop para aprender técnicas básicas.
Inicialmente o objetivo era apenas fazerem seus próprios biquínis, mas concordaram que se a experiência corresse bem podiam tentar vender alguns modelos online. Quando terminaram as licenciaturas, decidiram que era altura de dar o primeiro passo e compraram uma máquina de costura.
Depois foram necessários dois meses e meio de testes para chegarem às medidas certas. “Eu desenhava os moldes e a Joana testava em tecido, mas foram precisas várias tentativas até chegarmos aos moldes finais. Mesmo agora sinto que vamos aperfeiçoando cada vez mais as nossas técnicas”, diz Margarida Sousa, revelando que atualmente conseguem confeccionar quatro biquínis por dia.
Em vez de optarem por criar uma coleção, as duas amigas disponibilizam online os padrões e os modelos das peças, deixando ao cliente a tarefa de escolher as combinações. “Nunca quisemos escolher pelas pessoas, preferimos que elas personalizem a seu gosto porque é essa possibilidade que falta lá fora, nas lojas”, realça Joana Casimiro, que está a terminar o mestrado em Gestão de Qualidade e Segurança Alimentar. Já Margarida Sousa, licenciada em Gestão Hoteleira, trabalha num restaurante aos fins-de-semana.
Embora conciliem o projeto com estas atividades, a dupla faz questão de ter um horário de trabalho de forma a dar uma resposta mais eficiente às encomendas. Estão no atelier das 9h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00 de segunda a sexta-feira. O tempo que dedicam à Maju não é só passado costurar, mas também a gerir as redes sociais onde divulgam os suas peças.
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Fonte: Gazeta Caldas
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